Iniciativa da Sema reuniu 70 alunos de 10 a 11 anos da Escola Classe 1 do Lago Sul
Empolgados com o espaço à beira do lago, as crianças fizeram o plantio de mudas do cerrado e receberam noções de manuseio e cuidados básicos. Também tiveram contação de histórias e participaram de um lanche coletivo.
“Proporcionamos a eles um contato maior com a natureza na prática, para criarem uma memória afetiva com o meio ambiente”, resumiu a assessora técnica da Sema, Flávia Coelho.
Para a professora Ana Dalila, da EC 1 do Lago Sul, o aprendizado fora da sala de aula muda o contexto das crianças: “Desperta um interesse maior nelas. Nesta Semana do Meio Ambiente, falamos sobre a importância que a vegetação e o verde têm, em especial para as grandes cidades. Eles estão contribuindo com o meio ambiente; quando estiverem maiores, vão poder ver as árvores que plantaram crescendo”.
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Gustavo Santos, 9, um dos mais entusiasmados durante o plantio, era a alegria pura quando colocou as mãos no hidrogel, material utilizado para reter a umidade das plantas. “Eu gostei muito dessa aula, principalmente da parte de pegar o gel; era gostoso”, disse. “Sempre vou vir aqui ver se as plantas dos meus amigos e as minhas estão crescendo, vou cuidar delas”.
Projeto Orla do Lago
As ações com as crianças fazem parte do projeto Orla do Lago, uma parceria da Sema com o Instituto Perene e a empresa Cargill. O objetivo é contribuir para a manutenção da paisagem e das múltiplas funções ecológicas da orla, com destaque para a estabilidade das margens, de corredores ecológicos e da biodiversidade.
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“O projeto prevê a recuperação de 75 hectares ao longo das APPs [áreas de preservação permanente] da orla do Lago Paranoá, preservando as características do bioma do cerrado”, explicou a assessora técnica da Sema.
“Já plantamos 44 mil mudas e fizemos a ressemeadura com sementes diretas no solo de outras 16 mil, desde da área do Córrego do Riacho Fundo, que fica nas proximidades do Zoológico, até a última área de preservação perto da Avenida Dom Bosco, no Lago Sul”, contou o coordenador do plano de plantio do Instituto Perene, Miguel Marinho.
Durante o projeto, são feitas intervenções nos locais, como contenção de processos erosivos, revegetação e restauração de corredores ecológicos, além de tratamento contra formigas e correção de solo antes do plantio, uso de contentores para limitar o acesso de veículos, cercamento e tutoria de mudas.
