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Burnout: saiba as diferenças entre a síndrome e patologias como estresse, ansiedade e depressão

Apesar de diferentes e particulares, alguns sintomas estão associados a mais de uma doença. Especialistas explicam quais os tratamentos e como deve ser feito o diagnóstico


Muitos são os sintomas: exaustão extrema, tristeza profunda, estresse, desânimo, ansiedade. Apesar de diferentes, cada um com sua particularidade, eles podem estar relacionados a diversos diagnósticos, como Síndrome de Burnout, Depressão, Estresse e Ansiedade. Por isso, ter uma escuta qualificada por um profissional de saúde é fundamental para um diagnóstico certo e um tratamento individualizado.

Não é novidade que, no Brasil, milhares de pessoas sofrem com problemas de saúde. O que nem todo mundo sabe é que, entre os mais comuns, estão os psicológicos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão. Uma doença que vem chamando a atenção e ganhando conhecimento é a Síndrome de Burnout. Nos últimos anos, o burnout passou a ser altamente pesquisado por conta de sua incidência – o Brasil é o país em 2º lugar no ranking de trabalhadores com essa síndrome.

O que muitos não sabem é que o burnout pode ser confundido com outras doenças, como depressão, estresse e ansiedade, e, por isso, precisa de um acompanhamento médico para que seja fechado o diagnóstico da forma correta. Além disso, é preciso tomar cuidado com a automedicação. Especialistas afirmam que é comum o paciente se autodiagnosticar mesmo sem ter feito uma consulta ou exame.

“Saber diferenciar os sintomas, ter uma escuta qualificada por um profissional de saúde, saber diagnosticar e tratar e saber orientar o paciente com relação às indicações de profissionais que deverá ser encaminhado para eficácia do tratamento. Pode ser necessário um tratamento medicamentoso e / ou psicoterápico são formas de identificar qual doença está acometendo o paciente”, explica a psicóloga Soraya Oliveira, do Instituto de Neurologia de Goiânia.

De acordo com a especialista, a saúde mental vem sendo impactada por variáveis que afetam raciocínio, comportamento e humor. Ela explica que essa junção pode provocar a síndrome de burnout, um distúrbio psíquico de caráter depressivo, esgotamento físico e mental. “Durante a pandemia, a saúde mental sofreu enorme comprometimento devido a vários temores e se agravou com questões políticas, ocasionando inúmeros casos de transtornos psíquicos”, acrescenta a psicóloga.

Fernando Machado, psicólogo do Hospital Anchieta de Brasília, conta que o tratamento deve ser feito de forma individualizada e que, para dar certo, tem que também ser uma vontade do paciente. Ele explica que o processo consiste em uma mudança de hábito desde a atividade física e alimentação até as tarefas diárias.

“O tratamento vai depender da doença e do paciente, pois é feito de forma individualizada e vai depender do grau da doença e de outros fatores externos, como algumas responsabilidades, para que seja traçada a melhor estratégia para cada um deles. Alguns pacientes podem precisar de medicação, outros apenas de acompanhamento. Não é uma receita de bolo que vai funcionar para todos os pacientes que apresentarem aquela doença”, detalha Fernando

O psicólogo destaca ainda que compreender os sintomas é fundamental para controle das emoções, por isso a indicação de terapia para auto conhecimento e compreensão das causas. Fernando afirma que essas são doenças comuns no século 21, pois demandam muito desse mundo acelerado, competitivo. Para o profissional, isso é um reflexo de uma sociedade que cobra o tempo todo e vive com uma pressão que resulta em doenças psicológicas.

“Nós podemos desenvolver mais de uma doença psicológica ao mesmo tempo. Você pode ter um Burnout associado a uma depressão, você pode ter um estresse excessivo no dia a dia associado a ansiedade, pode ter casos de burnout associado a uma ansiedade também. Você pode ter múltiplos fatores e mais de uma doença associada ao mesmo tempo, por isso a importância de um diagnóstico e um tratamento muito correto”, conclui Fernando.

A seguir, confira as diferenças entre burnout, depressão, estresse e ansiedade e os sintomas de cada um:

Burnout: síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho.

Depressão: a depressão é uma doença psiquiátrica que afeta o emocional da pessoa, que passa a apresentar tristeza profunda, falta de apetite, desânimo, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si.

Estresse: é a resposta do organismo a determinados estímulos que representam circunstâncias súbitas ou ameaçadoras. Para se adaptar à nova situação, o corpo desencadeia reações que ativam a produção de hormônios, entre eles a adrenalina. Isso deixa o indivíduo em “estado de alerta” e em condições de reagir.

Ansiedade: o termo tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, etc. Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia.

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