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Arquitetos chilenos são apresentados a conjunto urbanístico de Brasília

Delegação Chilena de Escritórios de Arquitetura conheceu a história, a estrutura urbanística e as políticas de preservação da capital


Com a missão de apresentar o Conjunto Urbanístico de Brasília (CUB), a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) recebeu, nesta terça-feira (16), a visita da Delegação Chilena de Escritórios de Arquitetura. Os visitantes puderam conhecer um pouco sobre a história da concepção da capital federal, a estrutura urbanística, as obras arquitetônicas, as políticas de preservação e o desenvolvimento urbano ao longo dos anos. Ao todo, cerca de 30 pessoas estiveram presentes.

O encontro, que foi intermediado pela Embaixada do Chile, contou com a participação da Asociación de Oficinas de Arquitectos do Chile (AOA) e da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter).

“Nós apresentamos os conceitos principais, o plano original, o desenvolvimento e falamos um pouco sobre os desafios da gestão de uma cidade com uma área urbana tão grande preservada”, resumiu a coordenadora de gestão do Conjunto Urbanístico de Brasília (Cogeb), Raquel Roland.

Na apresentação, a coordenadora destacou que o projeto urbanístico de Lucio Costa e a arquitetura moderna de Oscar Niemeyer fizeram Brasília inaugurar “uma nova maneira de viver, diferente dos demais lugares do país”.

 

“Essa é uma função urbana muito escassa: administrar o conjunto entre conservação patrimonial, desenvolvimento arquitetônico e gestão das edificações é um desafio grande. Estamos contentes em poder entender o desafio de uma cidade como essa”
Pablo Jordan, presidente da Asociación de Oficinas de Arquitectos do Chile (AOA)

 

Segundo Raquel Roland, o pioneirismo da cidade foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Em 1987, a entidade aprovou a inserção de Brasília na lista do Patrimônio Histórico da Humanidade.

O conjunto urbanístico da capital tem uma área tombada de 112 km², que conta com instrumentos legais em nível distrital, internacional e federal para garantir sua preservação. As obras arquitetônicas, como o Palácio do Itamaraty, os ministérios, o Congresso Nacional e a Catedral de Brasília, também carregam um valor simbólico.

A preservação dessas áreas e monumentos introduziu novos desafios ao desenvolvimento urbano da cidade, na avaliação de Raquel Roland. O trabalho realizado pela Seduh e demais entidades na gestão desses espaços atraiu o interesse dos participantes.

“Habitar uma cidade-museu não é fácil, e essa é uma cidade-museu muito moderna”, comentou o presidente da AOA, Pablo Jordan. “Essa é uma função urbana muito escassa: administrar o conjunto entre conservação patrimonial, desenvolvimento arquitetônico e gestão das edificações é um desafio grande. Estamos contentes em poder entender o desafio de uma cidade como essa.”

O presidente da AOA acredita que Brasília pode servir de exemplo para a criação de políticas de preservação dos patrimônios urbanísticos do Chile. “A apresentação foi muito completa, pois não só dá conta do patrimônio arquitetônico e monumental da cidade, como também explica a história, a gênese do projeto e, fundamentalmente, a forma de administrar a conservação em conjunto com a habitação”, elogiou.

Também presente ao encontro, o empresário Felipe Lubbert, do Grupo CHC (Comercial Hispano Chilena), disse enxergar Brasília como um aprendizado para o Chile. “Foi muito interessante entender todo o planejamento da cidade e como se faz a gestão da preservação do conjunto tombado com um órgão preparado para isso. Para nós, Brasília é uma lição”, afirmou.

Depois de entender a cidade no papel, os chilenos foram levados por um guia turístico para fazer um passeio por Brasília e conhecer o conjunto urbanístico.

*Com informações da Seduh

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